Houve um tempo em que tudo era pago, basicamente, de duas formas: com dinheiro em espécie ou com cheque. Prática comum e, até ali, o único jeito para quitar débitos. Mas nada na vida é estático e imutável, e tudo muda rapidamente. Prova disso é que, cada vez mais, as pessoas não carregam mais dinheiro na carteira. Hoje tudo é pago com cartão (seja ele de débito ou de crédito). E se na vida real é assim, em que todos pagamos nossas contas, por qual motivo não poderíamos quitar os tributos com o cartão?
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A projeção é que, já no próximo ano, isso seja a realidade dos contribuintes de Santa Maria. Para esse mês de dezembro, o Legislativo colocará em votação o projeto de lei - de autoria da gestão Pozzobom (PSDB) - que permitirá pagar impostos (IPTU, ISSQN, ITBI), taxas (de protocolos), entre outros tributos, com cartão de crédito ou de débito. Por meio da modalidade, o contribuinte poderá usar o cartão tanto para pagar à vista, quanto para parcelar os valores. Isso é modernidade e uma clara demonstração de que o poder público pode se ajustar aos novos tempos. Sem dizer que se trata de uma simplicidade que facilita a vida do cidadão.
Mas antes que o 2020 se anuncie, já em dezembro, por meio de uma força-tarefa liderada pela Casa Civil com as secretarias de Finanças e de Gestão e Modernização Administrativa, será implementado um novo modelo de atendimento ao contribuinte. As alterações - explica o economista e titular das Finanças, Mateus Frozza - são fruto de um trabalho realizado, nos últimos meses, com uma única finalidade: assegurar eficiência da máquina pública ao cidadão que busca a prefeitura.
As alterações levam em conta cinco eixos, são eles: readequação dos guichês (que passarão a ser vistos de forma mais fácil no térreo do centro administrativo); identificação visual dos guichês (com adesivação indicativa); identificação dos serviços prestados (funcionários usarão camisetas com cores que apontarão para o atendimento específico); melhorias ao público (com novas e confortáveis cadeiras) e, por fim, nova climatização (os aparelhos de ar-condicionado foram revisados).
AGILIDADE
E no radar das melhorias, pensadas e executadas por Frozza, está a adoção de um serviço que tem tudo para ser acertado: a criação de um guichê express. Nele, seria possível fazer a impressão de carnês (que não chegaram em tempo) e serviria para quem não tem internet ou impressora. Parece algo simples, mas que faz toda diferença. Hoje, o contribuinte entra numa mesma fila para solicitar a emissão de uma guia.
Espera-se que isso se dissemine. Até porque vários setores da prefeitura seguem presos a protocolos e práticas do século passado em que a demanda do cidadão fica anotada (à mão) e esquecida em um caderno jogado dentro de uma gaveta. Ou seja, é a garantia do que foi solicitado não será atendido. E mais: que você só perdeu o seu tempo buscando a prefeitura.